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De tempos em tempos, eu paro para escrever histórias de um jeito um pouco diferente. Escrevo em formas de aventuras para campanhas de RPG. Essas aventuras são um conjunto de informações que definem um mundo fantástico, cheio de conflitos, maravilhas, monstros e tudo mais que você possa imaginar.

A partir de hoje, irei compartilhar a criação de uma das minhas “configurações de campanha” (Campaign Setting) – As lendas de Ayarteh.

Interessado? Comece lendo essa introdução, e de tempos em tempos, eu virei com mais contos e dados para descrever esse meu novo mundo!


Introdução

Para todo reino dominado pelo Império Lisid, existe uma lenda de que um dia cada pedaço de terra, cada reino ou república voltaria a ser independente, e quando isso acontecesse, seria o nascer de um novo reino, sob um novo nome e uma nova bandeira.

Em Cristalis, assim como os vivos chamam o mundo em que vivem, muitos acreditam que o sangue dos dragões cromáticos ainda correm forte nas veias dos homens. Essa energia antiga queima no peitos das crianças, jovens e adultos com um frequente desejo nacionalista. Nas tabernas, castelos e casas, grupos planejam dia após dia maneiras de levar a casa regente a uma revolução capaz de desmembrar o reino do domínio de Lisid.

Entretanto, toda essa história parece muito mais antigas lendas para aquecer o coração dos jovens. A realidade é que a maioria dos planos de rebelião nunca levaram a nada. Ao mesmo tempo que jovens desejam a independência, os senhores parecem alinhados com a corte de Lisid. A lealdade, respeito e o juramento feito aos senhores locais são coisas que cada habitante de Cristalis leva em seu peito. Sem ajuda dos senhores, não haveria rebelião, e a independência seria apenas um sonho de criança.

O Imperador Artis, quinto na sucessão dos imperadores, sempre manteve seus vassalos em rédea curta. Botando um pouco de pressão para reduzir o poder dos reinos locais, e ao mesmo tempo, quando os reinos começavam a reclamar da mão de ferro do Império, Artis soltava um pouco as rédeas para dar a sensação de que não tinha a intenção de controlá-los.

A única vez que o Imperador Artis perdeu a mão foi quando o Senhor de Ayaerth, um dos reinos locais, veio a falecer sem possuir um herdeiro. No dia de sua morte, os corvos voavam pelos céus, não para comer sua carne, mas sim para de alguma maneira pôr as mãos em um pedaço de Ayaerth.

Dada a lei de autoridade imperial, no ano 324 CI (Contagem Imperial), Artis dividiu Ayaerth em três pedaços, passando a soberania desse território para três reinos locais: casa Marivaldi, casa Cervenka e casa Yu. Entretanto, os senhores que ficaram com as mãos abanando, semearam o pecado da inveja em seus peitos.

Arpad Rakoczy, senhor da casa Rakoczy, que também possuía terras vizinhas de Ayaerth guardou a maior mágoa que poderia em seu peito. Em 342 CI, Arpad usou toda sua influência, prometeu favores e gastou todo seu dinheiro para juntar alguns reinos vizinhos e marchar contra a capital imperial.

Arpad Rakoczy possuía um bom exército. Além dos seus clássicos cavaleiros arqueiros, marchavam consigo os Filhos do Dragão Vermelho Ditena, os Espadas da Morte e os Temerários de Cobaeir, os raros elfos negros.

Arpad acreditava que sua vitória seria fácil. Com todo esse exército, aparecendo de surpresa nas portas da fortaleza imperial, seria um conflito rápido. Mas Arpad tropeçou em uma pedra chamada Lykos Marivaldi.

As três casas que receberam os terrenos de Ayaerth, muito mais fortes agora, prepararam uma emboscada liderada por Lykos, o Senhor da Justiça. Enquanto Arpad cruzava a Ravina do Julgamento, uma tropa de soldados marchou de Sempra Justis e os pegou desprevenidos. Os Cavaleiros de Hardir, deus da Justiça, pressionaram o exército contra a ravina, e do outro lado, arqueiros de Cervenka iniciaram a chuva de flechas flamejantes. A única saída para Arpad seria recuar, mas era tarde demais. Ronins de Yo já cercavam a retaguarda, na saída da ravina. Naquele dia, uma grande parte dos soldados de Arpad foram degolados pelas katanas de Yo.

Arpad ficou preso em Sempra Justis, afinal, Lykos Marivaldi era o Senhor da Justiça. A corte mais justa de todo império era sempre a responsável pelos julgamentos mais sensíveis.

No julgamento de Arpad, os Juízes de Marivaldi decidiram que ele poderia continuar em liberdade sob uma condição: seu filho mais velho, o herdeiro da casa Rakoczy, seria criado sob tutela de Lykos Marivaldi, crescendo assim sob influência de outras culturas e religiões.

E foi assim que a primeira e única rebelião do Império Lisid terminou, sem mal começar. A única rebelião que realmente saiu do papel não era movida por nacionalismo ou por desejos de independência dos jovens, mas sim por inveja e ódio.

Este evento foi usado por filósofos imperiais para justificar que nunca alguém deveria se rebelar contra o império. Mas nas ruas as palavras eram outras. Falavam que guerra movida por ódio levaria à eterna perdição, como aconteceu com a casa Rakoczy.

Entretanto, o fogo crescia ainda mais no peito dos que desejavam a independência.

Anos depois, quando o Imperador Artis partiu desse mundo, deixando o seu filho, Leontis, o sexto imperador de Lisid, as coisas se agitaram ainda mais.

Nada como um imperador novato para ser enganado e desafiado.

O ano 350 CI, regido pelo Anjo de Sangue, também conhecido como o anjo da guerra, estava apenas começando.


Notas do Autor

Talvez pareça que algumas informações estejam faltando, mas por hora a ideia é essa: descrever um conto breve que mostra de que mundo estamos falando. De agora em diante veremos trechos como esse descrevendo regiões, geografia, história, famílias, reinos, planos e tudo mais.

Também traremos algumas artes, dentro do possível, como mapa e desenho de personagens famosos desse mundo.

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